Uma tragédia chocou o mundo em 29 de abril de 2016, quando um helicóptero H225, operado pela empresa norueguesa CHC Helicopter, caiu no mar nas proximidades da cidade de Bergen, Noruega. A bordo estavam 11 passageiros e 2 tripulantes, todos trabalhadores offshore que estavam a caminho de uma plataforma de petróleo.

O acidente foi um dos mais mortais na história da aviação civil norueguesa e teve repercussão internacional. A investigação revelou que problemas mecânicos na caixa de engrenagens principal (MGB) do helicóptero foram a causa principal do acidente. Após a tragédia, a Agência Europeia para a Segurança na Aviação suspendeu todos os voos de H225 em toda a Europa.

Mas as implicações do acidente vão além da suspensão dos voos. O H225 é usado em todo o mundo para operações offshore de petróleo, e isso levantou questões sobre a segurança na indústria aeronáutica e de petróleo. Além disso, o acidente levou a um aumento no escrutínio das práticas de manutenção e segurança em toda a cadeia de suprimentos da indústria.

A caixa de engrenagens principal do H225 é fabricada pela Airbus Helicopters, uma filial do conglomerado aeroespacial europeu Airbus. A Airbus iniciou imediatamente uma investigação sobre o acidente, em colaboração com a autoridade de investigação norueguesa, e implementou uma série de medidas de segurança para garantir que o problema não se repetisse, incluindo revisão detalhada do processo de fabricação e manutenção de MGBs em toda a frota H225.

O acidente levou a uma grande reflexão sobre os riscos associados às operações offshore. A indústria de petróleo e gás é uma das mais perigosas do mundo, e os trabalhadores offshore estão expostos a uma série de riscos, desde as condições climáticas severas até o risco de incêndio e explosão. O acidente ressaltou a importância de se manter altos padrões de segurança em todo o setor.

No entanto, os esforços para melhorar a segurança na indústria enfrentam obstáculos. Aqueles que trabalham nas operações offshore, muitas vezes trabalhando em ambientes remotos e isolados, estão longe das normas de segurança mais rigorosas que sejam aplicadas em outros setores. A complexidade das operações de offshore também pode resultar em uma série de desafios adicionais, desde a logística de transporte até a manutenção de equipamentos.

Finalmente, é importante destacar que a segurança não é apenas uma questão de equipamento ou treinamento, mas também de cultura da empresa. Uma cultura de segurança forte deve ser fomentada em toda a cadeia de suprimentos, dos fabricantes de equipamentos aos operadores de plataformas. Somente com um compromisso total com a segurança é que se poderá evitar outra tragédia como essa.

Em suma, o acidente com o H225 em 2016 foi uma tragédia que teve consequências significativas na indústria aeronáutica e de petróleo. Embora tenha sido causado pela falha mecânica específica em um helicóptero, suas implicações são muito mais amplas, levando a uma maior atenção à segurança em toda a cadeia de suprimentos e a reflexões sobre a cultura de segurança em todo o setor de petróleo e gás.